As Causas Ocutas da Violência - Parte 1
Nos últimos meses, a violência tem
gerado pânico no Estado do Rio Grande do Sul por conta da arbitrariedade dos
criminosos. A bandidagem, protegida pela precariedade do sistema governamental
(legislativo, executivo e judiciário), segue impune, livre para exercer todos
os tipos de crime a céu aberto e a qualquer hora do dia, disseminando o terror,
o ódio, a revolta e a tristeza profunda no coração das pessoas. Dizem que os
bandidos têm um código de ética a zelar (???), o que acabava restringindo a
criminalidade às zonas de tráfico de drogas e de armas. Mas hoje, nem mesmo
esses ínfimos critérios são poupados da corrupção que circula nas entranhas do
Brasil há, mais ou menos, 500 anos.
E como se já não bastasse a
sensação de insegurança que estamos vivendo, o nosso medo ainda é multiplicado
pelos meios de comunicação, capazes de manter uma sociedade inteira refém de
discursos retóricos e de matérias tendenciosas, tudo em prol de mais audiência.
Mas o fato é que a violência existe. Sempre existiu. O que não justifica,
obviamente, a continuidade da sua existência.
Pesquisadores da alma humana (e
de seus direitos) afirmam que o homem é um ser dual, dividido entre a razão e a
emoção. Temos, então, uma natureza dupla: metade humana, metade animal. Nossa
natureza animal possui as necessidades de comer, beber, excretar, dormir,
reproduzir e de viver em comunidade. Nosso instinto de sobrevivência também
está associado à nossa parte animal.
Mas o nosso lado animal não é tão
simples assim, pois ele é a sede das nossas emoções. Por isso, mais do que
satisfazer as necessidades do corpo para mantê-lo vivo, queremos sentir prazer
em tudo o que está relacionado a ele, passando, muitas vezes, por cima da
crítica da razão, que avalia o que é bom em termos universais. Logo, a busca pela
satisfação dos prazeres a qualquer custo esbarra nos limites da racionalidade e
nos faz, perante outros homens, seres perigosos e passíveis de sermos
enjaulados ou punidos com a morte.
Mas tudo bem, nem eu nem você
somos tão perigosos assim. Somos trabalhadores honestos, pagamos os nossos
impostos e queremos a paz mundial. Afinal, somos seres humanos racionais, com o
pleno desenvolvimento das nossas faculdades intelectuais e sabemos o que é
certo e errado. Por que, então, a injustiça recai sobre nós? Por que somos
vítimas da falta de caráter de certas pessoas? Por que as autoridades não
conseguem acabar com a violência? Qual é o sentido de trabalharmos dia após dia
e de constituirmos uma família se tudo o que acreditamos pode ruir num piscar
de olhos, com a chegada da violência à nossa porta? Essas e outras perguntas
retumbam na mente de todas as pessoas ditas “de bem”.
No entanto, para responder a
essas perguntas, precisamos entender as causas espirituais da violência. Não é
algo que se ensine na escola, infelizmente, porque a ciência ainda não alcançou
esse nível de investigação. Os ensinamentos espirituais continuam restritos às
Escolas de Mistério, ainda que muita informação de qualidade esteja disponível
atualmente em todas as partes do mundo.
Para começar, você sabia que os
nossos pensamentos são feitos de matéria? Nós estamos encarnados em um mundo
material, logo, tudo o que concerne à nossa vida material também precisa ser
revestido de matéria. Certamente, os pensamentos humanos não possuem a mesma
densidade de uma cadeira ou de qualquer outro objeto que conhecemos. Os nossos pensamentos
são feitos de matéria do plano mental, que é extremamente sutil. Compostos de
partículas finíssimas, que se agrupam e tomam a forma do desejo de seus donos, os
pensamentos se “desprendem” do corpo mental que lhes deu a vida - como uma
porção de energia que vaga a esmo - até encontrar outros pensamentos de igual
espécie e a eles se juntarem pela Lei da Atração.
Todos os objetos que fabricamos
possuem uma finalidade. A finalidade da cadeira, por exemplo, é servir de
assento. Do mesmo modo, os nossos pensamentos também possuem um objetivo. Em
geral, os pensamentos humanos são todos da ordem do desejo e a finalidade do
desejo é ser satisfeito. Por isso, quando pensamos veementemente em algo que
não podemos realizar – seja porque as leis não permitem ou por qualquer outro
motivo que coíba ou reprima a nossa prática, os pensamentos buscam a realização
fora de nós, em outros corpos.
Os pensamentos são mantidos vivos
pela força da intenção que os gerou. Podem durar poucos minutos, mas também
podem durar muitos anos. Pensamentos bobos e passageiros não têm força
suficiente para causar grandes estragos. Mas intenções muito arraigadas são
poderosas fontes, tanto para bem quanto para o mal. Sendo assim, desejos corruptos
e depravados podem se mesclar com emoções de ódio, inveja, ganância, ciúme e intolerância,
sendo capazes de percorrer muitos quilômetros a fim de acharem um espírito mais
fraco e suscetível de realizá-los.
Se você nunca ouviu falar sobre
esse assunto e está começando a ficar assustado, a má notícia vem agora: TODOS
NÓS SOMOS DIRETA OU INDIRETAMENTE RESPONSÁVEIS PELOS EFEITOS DOS NOSSOS
PENSAMENTOS.
Por exemplo, quem ambiciona ter
bens materiais sem passar pelo trabalho de conquistá-los com dignidade está
corroborando com o aumento dos índices de corrupção, roubos e assaltos na sua
cidade. Quem deseja manter relações sexuais impróprias ou pervertidas está
corroborando com os índices de prostituição, traições, abusos e estupros. Quem cobiça
a morte (inclusive, a de animais para consumo próprio ou para fins religiosos)
está corroborando com o aumento dos índices de maus tratos, assassinatos,
guerras e genocídios.
Levando tudo isso em consideração,
você tem a real dimensão dos problemas que os seus pensamentos podem estar
causando a si mesmo, à sua família, à sua cidade e, até mesmo, ao seu país? Lembre-se
da Lei da Atração. Você somente atrairá para a sua vida aquilo que estiver em
sintonia com as vibrações da sua consciência.
Nesse ínterim, podemos nos
enganar com a aparente felicidade dos bandidos que esbanjam riqueza e poder
usurpados do suor do povo, sem que jamais sejam punidos. Essa falsa felicidade,
advinda do sofrimento de outras criaturas, só pode perdurar em espíritos muito
primitivos, cuja consciência ainda dormita nas teias da ilusão.
Mas se você está acordado, é
chegada a hora de fazer a sua parte para que a violência não atrase ainda mais
a nossa evolução. Lute, mas não por mais presídios, leis mais rígidas, torturas,
ditaduras e ou outras repressões. Lute para controlar os seus pensamentos, os
seus desejos e as suas emoções. Se você e eu, o fulano e mais o sicrano
pudermos controlar o conteúdo dos nossos pensamentos, para que nem um único
desejo sequer seja a causa energética do sofrimento de alguém, um mundo
completamente diferente poderá surgir muito em breve. Chega da hipocrisia de
nos autodenominarmos vítimas de uma violência em que somos, na realidade,
cúmplices em diversas instâncias.
Buddha nos ensinou que a
verdadeira felicidade reside no desapego. Assim, onde não houver desejos, a dor
não nascerá e tampouco poderá criar raízes. No Bhagavad Gita, Krishna ensina
Arjuna a lutar para se libertar do ciclo de renascimentos, ou seja, das ações
do karma. Essa é uma luta interna, em que a nossa consciência precisa se manter
firme e forte na prática do Bem, mesmo em tempos tão difíceis como esses. Como
recompensa, poderemos ser chamados, com legitimidade, de seres racionais.
No próximo artigo, veremos
algumas medidas simples que todos nós podemos aplicar no dia a dia para ajudar
no combate à violência e as técnicas mais utilizadas para controlar os
pensamentos.
Acesse: https://www.fengshuidesign.com.br
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Boa Sorte!
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