A Leniência Brasileira
O estado de mansidão
da alma brasileira é dar nos nervos. Até Jesus, exemplo máximo de candura e
solidariedade, se viu forçado a fazer justiça com as próprias mãos quando
expulsou os vendilhões do templo a chicotadas. Que momento!
Apesar de achar muito
interessante as discussões sobre política e religião, procuro não falar muito sobre
esses assuntos, pois é fácil encontrarmos seguidores dessas vertentes aderidos,
também, ao fanatismo. Com fanáticos não há diálogo, não há argumento, não há
filosofia. O fanatismo, em todas as instâncias, degrada a nossa racionalidade a
um nível animalesco, pois os fanáticos ignoram os fatos.
Mas há um tipo
de fanatismo crescendo em nossa sociedade e que não vem nem da religião e nem
da política especificamente. É um tipo que acredita veementemente que a
tolerância excessiva aos criminosos é o único caminho para a criação de uma
sociedade moralmente satisfatória. Esse novo fanático é um tipo que se compraz
em reproduzir e alimentar a miséria, a doença e a preguiça de homens e mulheres
que se comportam como se não fossem racionais.
Em uma tribo,
por exemplo, quando um leão ataca um ser humano, o leão deve ser abatido. Reza
a lenda que a carne humana é doce e viciante. Ou seja, o leão que ataca uma
vez, atacará de novo, necessariamente, não porque ele queira, mas porque ele
não tem como não querer. Isso se chama instinto. Nada detém o instinto de
animais selvagens.
Já um cão, mesmo agressivo, consegue ser treinado com mais eficácia para dominar os seus instintos, pois os cães são animais domésticos. Mesmo assim, quando um pit bull mata uma criança, geralmente, o animal também acaba sendo morto. Os defensores dos direitos dos animais bufam enraivecidos cada vez que isso acontece. Muitos alegam que seria melhor punir o dono de um cão assassino do que o próprio cão. Afinal, os cãezinhos não sabem o que fazem, mas os seus donos deveriam saber o que eles são capazes de fazer.
Na via
contrária, alguns especialistas se indignam com o modo que os pets são tratados
atualmente, com comida especial, treinamento, muito carinho e assistência
médica. Acham que tudo isso não passa de exagero e desperdício, pois os animais
domésticos não deveriam ser tratados como gente, pelo bem da própria natureza
do animal. O que me entristece, no entanto, não é o fato das pessoas quererem
transformar seus bichinhos em gente, mas o fato de existirem pessoas que vivem
como bichos e que precisam ser enjauladas como animais selvagens.
Eu sempre falo
para os meus clientes de Feng Shui que o mal não deve ser tratado com cortesia,
e sim, ser cortado pela raiz. Tem um ditado que diz “fazer o bem com lerdeza é
deleitar-se no mal”. Porque o mal se prolifera muito rapidamente, como uma
célula cancerosa, principalmente no caráter de pessoas que não tiveram uma boa
educação na infância.
Aliás, essa é
desculpa utilizada pelos fanáticos defensores dos Direitos Humanos. Eles alegam que os
nossos bandidos são vítimas de uma sociedade capitalista, cruel, selvagem e
cheia de tentações. Por isso, assaltam, matam, aleijam, sequestram, estupram,
esquartejam e destroem famílias inteiras. Os motivos dos bandidos são sempre os
mais torpes e vulgares. Todavia, para os defensores dos bandidos (e aí entra
toda uma corja de astutos profissionais comprometidos com a causa criminal e
que se beneficiam do descalabro do sistema), o que importa não são os motivos
que levam os criminosos a agirem de maneira inescrupulosa e o perigo que eles
oferecem para a sociedade, mas tão somente o que está escrito na velha cartilha,
embora as causas psicológicas também lhes sirvam de atenuantes, pois a maioria
dos bandidos são filhos de presidiários, drogados, traficantes, ladrões,
prostitutas e abusadores.
Em termos
espirituais, dar liberdade a um criminoso hediondo, inclusive a políticos
corruptos, só lhe aumenta, ainda mais, a dívida cármica. Logo, se a vida de um
criminoso hediondo não é boa nem para ele mesmo, tampouco será para a
humanidade. Em termos psiquiátricos, certos criminosos são irrecuperáveis, pois
são destituídos de sentimentos. Então, como reinserir na sociedade um ser
humano que sabemos ser tão selvagem quanto um leão que já atacou várias de
vezes?
Na ânsia de
querermos salvar a todos, todos nós acabamos sendo prejudicados. O melhor que
se tem a fazer, por enquanto, é meditar sobre o valor da vida, instruindo as
pessoas sobre o grande mal que é deixar milhares de crianças nascerem
indiscriminadamente em nosso País, sem nenhum controle de natalidade, pois não
há crime com consequências mais devastadoras do que a procriação de seres
humanos como bichos. A responsabilidade de um filho é de quem o gerou, e não do
Estado, e muito menos, da Igreja. Se um casal não têm condições físicas,
psicológicas, éticas e materiais para dar uma vida digna aos seus filhos, que
não se reproduza! Uma medida que deveria ser tomada em caráter de urgência pelo
Governo, por exemplo, é a esterilização de todos os presidiários desse
País, tanto homens quanto mulheres. Podemos até olhar para o lado e dizer que
esse assunto não é de nossa responsabilidade, mas nós estamos financiando a
reprodução de milhares de crianças com pais encarcerados. Não é à toa que a
violência vem crescendo e batendo à nossa porta!
O Brasil vive uma
crise econômica e política muito séria, reflexos óbvios de uma nação mergulhada
na corrupção de seus valores éticos. A violência que vivemos hoje não é causada
pela opressão de outras nações sobre a nossa. Nós somos uma nação livre! Todavia,
a proliferação da miséria e da bandidagem é o resultado do fracasso absoluto da
administração pública em todas as esferas do Governo.
Assim como se
extirpa um tumor maligno do corpo e se recupera a saúde, só poderemos retomar o
controle da segurança do nosso País se o nosso código penal puder estabelecer
penalidades muito mais duras a todos os infratores. Apelar para o bom senso da
nação nas urnas já não parece ser um recurso válido. Entretanto, falar em pena
de morte no Brasil chega a causar arrepios. Tudo anda tão torto e desvirtuado
nessas paragens que é capaz dos inocentes serem mandados às pencas para a
forca. Eu não duvido de nada. Mas a dignidade também tem o seu preço. O ato de
bravura do Mestre, quando expulsou os vendilhões do templo, custou-lhe a
própria vida. Será que a vida do Mestre valia menos do que a nossa?
Acesse: https://fengshuidesign.com.br
Boa Sorte!
Acesse: https://fengshuidesign.com.br
Boa Sorte!
Perfeitamente escrito. Sem o politicamente correto q está matando este país. Parabéns e continue esta profissional incrível e ética.
ResponderExcluirObrigada pelo apoio, Mariane! Abraços!
ResponderExcluir